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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto:  https://gavetadoivo.wordpress.com

NILO BRUZZI

 

Nilo de Freitas Bruzzi nasceu em Pomba, Minas Gerais em 1879, e faleceu no Rio de Janeiro em 1978.  Bacharel em direito, foi Procurador Geral do Estado do Espírito Santo. Advogado e jornalista.

Deixou, a partir do livro de contos O Antunes, de 1920, copiosa obra literária da qual destacamos o Auto de Nossa Senhora da Vitória (teatro, Rio de Janeiro: SNT, 1951), bela peça que foi encenada quando das comemorações do IV Centenário de Vitória, em 1951. Publicou as obras Luar de Verona (versos); O Antunes (contos); Livro de amor (versos); O bohemio e As de rosto bello e as de beleza na alma (palestras literárias).

Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Biografia: www.sefa.es.gov.br

VEJA e LEIA MAIS em:  https://nilobruzzi.blogspot.com

 

 

 

ÚNICA

 

No turbilhão da vida cotidiana
Há sempre um rosto oculto de mulher.
Há no tumulto da existência humana
Alguém que a gente quis e ainda quer.

 

E numa sede de paixão insana,
Cego e humilhado, aceita outra qualquer,
Mas, no íntimo ardor, de alma profana
Porque a alma nem acordará sequer.

 

E vão passando, assim, uma por uma,
Mulheres e mulheres , como vieram,
Sem depois despertar saudade alguma…

 

Pobre de quem, como eu, vê que, infeliz,
Tive todas aquelas que o quiseram
Mas, nunca teve aquela que ele quis. 

 

 

A MULHER NA POESIA DO BRASIL. Coletânea organizada por Da Costa Santos.  Belo orizonte, MG: Edições “Mantiqueira”, 1948.  291 p.  14x18 cm.  Capa de Delfino Filho. 

Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

DESCONHECIDA

Sempre ela vinha, quando eu não estava,
Uma rosa depor na minha jarra,
E aquela rosa se despetalava
Sobre a alvura macia do meu leito...

E ela assim, diariamente, continuava...
A ternura novíssima, bizarra,
Daquele gesto pôs-se contrafeito
Pois, nunca no meu quarto eu ficava.

E muitos dias, meses, vários anos,
Eu levei esperando que ela viesse
Reter a marcha dos meus desenganos...

Preferiu continuar desconhecida...
(Antes nunca uma rosa ela me desse)
Foi a mulher que eu mais amei na vida...

 

 

 

DESPREZADA

Eu imagino a dor que te crucia!
E é com piedade, com profunda pena,
Que te acarinha a minha mão serena
Que nunca descreveu uma alegria...

Almas há, pobre amiga, frias, de hiena,
Que indiferentes passam nesta via
Dolorosa, sangrenta, de agonia,
Sem nem olhar a nossa dor terrena...

Esconde um silêncio de teu peito
E na quietude do virgíneo leito
A mágoa que os amores te causaram,

Porque a humana piedade dos humanos
É, talvez, o maior dos desenganos
Que no mundo os perversos espalharam...

 

 

*

 

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Página publicada em setembro de 2021

 


 

 

 
 
 
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